É a primeira vez que a federação sinaliza positivamente para a possibilidade de um grid composto por mais que as dez equipes atuais. Na segunda-feira (2), Sulayem usou as redes sociais para dizer que conversou com sua equipe de trabalho sobre o tema.

“Pedi à minha equipe da FIA para analisar um processo de manifestações de interesse para novas equipes em potencial para o Mundial de Fórmula 1”, escreveu o dirigente em sua conta oficial no Twitter. A ação pode resultar na adição de até três times no campeonato.

A questão, no entanto, ainda é controversa no grid da F1 por razões financeiras. Assinado em 2020, o Pacto da Concórdia permitiu que a receita comercial concedida às equipes equilibrasse os pagamentos de times considerados prioridade e aumentou o valor pago aos menores.

O acordo prevê um fundo antidiluição de US$ 200 milhões, que deve ser pago por qualquer nova equipe que entre no grid e ser distribuído entre as franquias já existentes. Mas alguns competidores são resistentes à chegada de novas equipes por causa da diluição do prêmio em dinheiro. Christian Horner, por exemplo, declarou recentemente que qualquer nova entrada precisa ir além do pagamento desta taxa, agregando, com isso, valor para que as receitas aumentem a longo prazo.

Guenther Steiner seguiu a mesma linha de raciocínio, defendendo a tese de que, hoje, a F1possui uma grelha “financeiramente saudável”. “Temos no momento dez equipes estáveis, o que por muito tempo não era possível na F1. Por que elas tem de diluir o seu valor para trazer alguém novo? Estamos aqui há muito tempo. Se a FOM quer distribuir mais dinheiro ou algo assim, isso é outra discussão. Mas apenas ter mais equipes, mais não significa ser melhor”, disse o chefe da Haas.

Paralelamente a isso tudo, a Andretti segue o seu trabalho focada em colocar seus carros na classe. Em dezembro, o time chefiado por Michael Andretti iniciou a construção de uma nova sede na cidade de Fishers, no estado de Indiana. Depois, ao portal IndyStar, Michael deixou claro que as instalações não se tratavam da Indy.

O plano da equipe americana é conseguir liberação para estar na temporada 2024. A Andrettiprotocolou um pedido na FIA e esperava uma resposta em setembro ou outubro do ano passado, algo que não aconteceu. Mas Michael mostrou confiança em ter um esclarecimento em breve.

Além das intenções da Andretti, a entrada da Audi na F1está certa, a partir de 2026. A marca das quatro argolas, no entanto, vai se unir a um time que já faz parte do grid, a Sauber, que hoje corre sob a marca italiana Alfa Romeo. Há também a Porsche, que já registrou marca para correr na categoria, mas ainda com futuro incerto depois que a parceria com a Red Bull não se concretizou.

E também outro nome pode surgir nessa corrida: a Panthera Asian Team, que manifestou desejo de fazer parte da categoria máxima dos monopostos em 2020. Ao site holandês RacingNews365, o chefe do time, Benjamin Duran, parabenizou a FIA pela iniciativa. “Precisamos saber exatamente quais são os requisitos e como o processo será executado, mas estamos prontos para expressar nosso interesse na F1”, declarou.