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10/10 – Dia Mundial da Saúde Mental 

Por Miriam Alice

Em 10 de outubro de 1992 foi instituído o Dia Internacional da Saúde Mental, pela Federação Mundial de Saúde Mental. Pelas definições da Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde mental é “um estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera, e é capaz dar uma contribuição para sua comunidade“.

A importância em investir em saúde mental foi ressaltada pela OMS em 2020, quando apresentou publicamente o tema “Move for mental health: let’s invest”, que quer dizer “Realocar para a saúde mental: Vamos investir”. A campanha alerta para a necessidade de aumentar os investimentos em saúde mental, que é apresentada pela OMS como uma prioridade.

De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde publicados em 2019, o Brasil apresenta as maiores taxas de incapacidade do continente americano, causadas por depressão (9,3%) e ansiedade (7,5%). Além disso, pela OMS, em 2019, o Brasil foi considerado o quinto país mais depressivo do mundo e o país mais ansioso do mundo, com 18,6 milhões de brasileiros afetados pelo transtorno de ansiedade.

A OMS publicou também, em março de 2020, um guia com cuidados para a saúde mental durante a pandemia. Esse guia traz dicas de como lidar com as consequências mentais e psicológicas decorrentes da pandemia. O guia traz orientações aos profissionais de saúde, crianças e idosos, líderes de equipes e pessoas em quarentena. As dicas constam no quadro abaixo:

Caros leitores e leitoras, a negligência da saúde mental pode acarretar em diversos agravos e, consequentemente, em má qualidade de vida. Principalmente em tempos de pandemia, é importante atentar-se aos sintomas que possam aparecer, como tristeza profunda e contínua, apatia, desânimo, perda do interesse por atividades que gostava (anedonia), pensamentos negativos (sentimento de incapacidade, culpa, fracasso, impotência, fraqueza), alterações do sono e do apetite.

O acesso a cuidados de saúde é um direito fundamental do ser humano que deve ser assegurado a todo(a)s. No Brasil, temos a Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 196 declara: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”. Promoção da saúde é um conjunto de ações sanitárias integradas, inclusive com outros setores do governo e da sociedade, que busca o desenvolvimento de padrões saudáveis de: qualidade de vida, condições de trabalho, moradia, alimentação, educação, atividade física, lazer entre outros.

No Brasil, os pacientes com transtornos mentais contam com uma rede de serviços como o CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), serviços residenciais terapêuticos (SRT), Centros de Convivência e Cultura e leitos de atenção integral. A criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) foi um importante passo da reforma psiquiátrica no Brasil, que aconteceu em 2001. Os CAPs substituíram o antigo modelo hospitalocêntrico e manicomial e seguem os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) de universalidade, equidade e integralidade.

O papel dos CAPs é o de oferecer assistência, cuidados e tratamentos à saúde mental da população brasileira. Além do atendimento às pessoas com transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e outros, os CAPs também desenvolvem um trabalho de assistência às pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas. Inclusive, nos CAPs, os familiares são acolhidos, assistidos e orientados.  A participação da família no cuidado de pessoas com sofrimento psíquico, como parceiro do cuidado, é fundamental na atenção psicossocial.

Estimado(a) leitor(a), compreender o que é saúde mental, e quais as medidas mais relevantes para prevenção do adoecimento mental, é fundamental.

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