COLUNAS

Home > COLUNAS > “Crie Laços e Evite Nós” na Comunicação com Seus Filhos, Por Miriam Alice, Psicóloga Clínica com Especializações e Psicoterapeuta de Casal e Família

“Crie Laços e Evite Nós” na Comunicação com Seus Filhos, Por Miriam Alice, Psicóloga Clínica com Especializações e Psicoterapeuta de Casal e Família

Por Miriam Alice, Psicóloga Clínica com Especializações e Psicoterapeuta de Casal e Família

Na minha prática clínica, nos atendimentos psicológicos com crianças, é comum que pais me perguntem:

“Drª., meu filho está muito desobediente. O que devo fazer?”

Em momentos de acolhimento parental, explico que a psicologia do desenvolvimento infantil e a neurociência demonstram que o cérebro imaturo das crianças dificulta a compreensão de comandos iniciados com “não”. Isso ocorre porque o córtex pré-frontal — a área responsável pelo processamento de informações, controle de impulsos e inibição de respostas automáticas — só atinge plena maturidade na adolescência.

Quando começamos uma frase com “não”, a criança tende a focar na ação que queremos evitar, produzindo muitas vezes o efeito oposto ao desejado.

Então, surge a pergunta inevitável: “Como lidar com isso de maneira mais eficaz?”

Abaixo, compartilho estratégias baseadas em uma comunicação positiva e construtiva para ajudar os pais, cuidadores e educadores no processo educacional:

Abordagens recomendadas para uma comunicação eficaz com crianças:

  1. Sempre que possível, abaixe-se à altura da criança e converse olhando nos olhos de seu filho.
  2. Prefira instruções afirmativas e claras: Em vez de dizer: “Não corra!”, experimente: “Ande devagar.”
  3. Estabeleça combinados e regras compreensíveis.
  4. Discuta os limites e as expectativas com antecedência para evitar mal-entendidos.
  5. Escute ativamente e ofereça orientações objetivas.
  6. Pergunte como seu filho se sente e ofereça soluções práticas: “Como podemos resolver isso juntos?”
  7. Peça comportamentos desejados em vez de destacar os proibidos: Em vez de dizer: “Pare de gritar!”, prefira: “Fale com uma voz calma.”
  8. Use perguntas abertas para estimular o pensamento crítico: “O que você acha que podemos fazer para organizar isso?”
  9. Valide sentimentos e demonstre empatia: “Entendo que você está chateado. Quer falar sobre isso?”
  10. Ofereça escolhas limitadas: “Prefere guardar os brinquedos agora ou depois do lanche?”
  11. Limite as opções de escolhas a no máximo três para evitar sobrecarga.
  12. Seja específico e objetivo: Em vez de dizer: “Comporte-se!”, opte por: “Use palavras gentis com seu amiguinho.”
  13. Modele o comportamento positivo: “Vamos guardar os sapatos juntos.”
  14. Use reforços positivos para valorizar boas ações: “Gostei de como você ajudou seu amigo. Foi muito gentil da sua parte.”
  15. Ofereça tempo de qualidade: Dedique momentos exclusivos com seu filho para reforçar o vínculo emocional, como ler juntos ou realizar atividades de interesse da criança.

Essas práticas são algumas estratégias de comunicação positiva que ajudam a criar um ambiente de respeito mútuo, promovendo cooperação e desenvolvimento emocional saudável.

Para finalizar, destaco que, especialmente na primeira infância — fase que abrange desde o nascimento até os seis anos de idade e é marcada por um intenso desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social —, a paciência e a consistência são fundamentais nesse processo de crescimento e aprendizado.

Estimados leitores, caso vocês tenham ficado com alguma dúvida, ou caso precisem de maiores informações sobre os assuntos abordados neste artigo, fique à vontade para me contactar: Miriam Alice, Psicóloga Clínica com MBA & Especializações, Psicoterapeuta de Casal & Família.

Canais de Contato:
Youtube: Psi Miriam Alice
Instagram: Psi_Miriam_Alice
LinkedIn: www.linkedin.com/in/miriamalice
Gmail: psi.miriam.alice@gmail.com
WhatsApp: (21) 98896.1600.