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Bruce Willis se afasta da carreira por diagnóstico de Afasia

A família do ator Bruce Willis anunciou, na quarta-feira (30/3), o afastamento da carreira após o diagnóstico de afasia. No comunicado, que foi assinado pelas filhas, a atual esposa, Emma Heming, e a ex, Demi Moore, consta que as habilidades cognitivas do artista foram afetadas.

A Afasia são condições neurológicas que afetam a capacidade de uma pessoa de se comunicar de forma adequada. O que faz com que o paciente tenha dificuldades para falar ou expressar um sentimento, o que afeta diretamente o trabalho de Willis e outras áreas da vida.

Além do ator Bruce Willis outras atrizes, como Sharon Stone e Kate Walsh, também já sofreram com a condição.
Entre os sintomas, as pessoas próximas começam a perceber que o paciente está com linguagem mais pobre, fala frases pequenas e incompletas, trocam palavras ou não entende o que está sendo dito.

Para o médico as principais interferências da afasia na comunicação são:
• Dificuldade em falar e se expressar ou repetir;
• Não consegue compreender o que é dito;
• Afeta a capacidade de dar nome a objetos, pessoas e locais;
• Em alguns casos, dificuldades para ler e escrever;

Através dos sintomas, os médicos conseguem classificar o paciente em dois tipos de afasia: fluentes e não fluentes ou pouco fluentes.

• Fluentes
O paciente fala frases curtas ou conseguem conversar, em alguns casos. Mas, dizem palavras que não existem, a sentença não faz sentido ou não tem conexão.

• Não Fluente ou Pouco Fluente
É o paciente que não consegue falar ou fala poucas palavras. “Por exemplo, fala ‘quero padaria’ quando quer ir à padaria”, explica.

 

O transtorno pode ser causado por doenças neurológicas – como AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou derrame – tumores e infecções, pois “afetam a parte do cérebro que seja responsável pela fala, pela linguagem ou pelo entendimento”.

Também existem afasias que são ligadas à demências, como o Alzheimer. O subtipo da doença é chamado de ‘Afasia Primariamente Progressiva’, que é um quadro demencial progressivo, mais comum entre idosos, e tem como principal característica a dificuldade ou incapacidade de comunicação. Este tipo de afasia não tem tratamento.

O tratamento médico é único de acordo com a causa da afasia, em razão das diferentes terapias designadas para cada doença que provocou o transtorno.

Apesar das especificidades, a afasia é tratada com reabilitação neurológica, na área de raciocínio, comunicação e memória, junto a uma fonoaudióloga ou neuropsicóloga.

“Os neuropsicólogos aplicam uma bateria de testes e identificam qual é a dificuldade do paciente e montam um programa de treinamento do cérebro através de uma série de atividades”, afirma Martins.

“Você pode ativar o cérebro com exercícios ou musicoterapia. Tem uma série de possibilidades de exercícios voltados para esse tratamento”, completa.