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RioSolidario promove empreendedorismo para vítimas de violência

O RioSolidario oferece capacitação durante o mês de julho para suas abrigadas por meio da Agência Besouro de Fomento Social. O treinamento vai proporcionar que mulheres vítimas de violência doméstica conheçam mais sobre as suas habilidades e ampliem as possibilidades na construção de uma nova vida após passarem pelo processo de transformação realizado na Casa Abrigo Lar da Mulher, com assistência jurídica, cuidados psicológicos e reintegração.

A aula inaugural contou com a participação da Érica Paes, coordenadora do Programa Empoderadas, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH), ex-lutadora de MMA e campeã mundial de jiu-jitsu.  – Uma iniciativa de fortalecimento e ressignificação do RioSolidario muito importante. Foi um prazer poder dividir orientações e dicas de segurança para essas meninas e mulheres carentes em relação ao enfrentamento de todas as formas de violência? – declarou Érica.

Com um método próprio de empreendedorismo social por intermédio do empoderamento e fortalecimento individual, cada aluna receberá um material com o foco na educação comunitária, que utiliza a experiência individual para gerar conhecimento e práticas coletivas.

Para a presidente do RioSolidario Heloísa Aguiar, a iniciativa amplia a esperança das abrigadas temporárias por garantir novos conhecimentos em um momento de recomeço. De janeiro a maio de 2021 foram acolhidas no Abrigo 57 mulheres? (46 novas entradas e 11 que permaneceram do mês de dezembro de 2020). Um total de 49 filhos dessas mulheres, de 0 a 14 anos, também foram acolhidos.

De acordo com a agência, o curso realizado em cinco dias ensina como montar ou aprimorar o seu negócio, criação da marca da empresa, desenvolvimento de produto, projeção de vendas, pesquisa de mercado, levantamento de custos, como divulgar o negócio, conceitos financeiros, plano de ação e ainda o desenvolvimento de uma marca personalizada. Elas ainda poderão contar com o apoio de consultores de forma virtual durante o período de três meses de incubação.

O objeto é o desenvolvimento de programas e capacitações que zelem pelo atendimento ao fundamental da existência humana, indo ao encontro do propósito do RioSolidario. Busca-se os direitos sociais básicos, como a educação, saúde, o desenvolvimento pessoal e do seu entorno, o interesse e empoderamento cidadão, bem como a formação cidadã capaz de gerar oportunidades.

A Casa Abrigo Lar da Mulher é um lar gerenciado pela instituição sem fins lucrativos RioSolidario, funciona 24 horas por dia em endereço sigiloso como residência temporária de até seis meses para as vítimas, mulheres e seus filhos, e tem capacidade para até 60 pessoas. São realizadas atividades com uma equipe multidisciplinar – psicóloga, pedagoga e assistente social -, que visam ajudar na reconstrução de laços familiares e de amizade, em geral dilacerados após se afastarem de casa por medo do agressor. A ideia é reestruturar essas mulheres para que elas possam retornar fortalecidas para a sociedade.